Friday, March 29, 2013

Os Fiatezões, quem diria, e um grande Fiat



Hoje estamos acostumados a ver o logotipo da FIAT na Ferrari. Longe de qualquer um pensar que a Ferrari tenha algo a ver com a FIAT, em termos de DNA. A Ferrari obviamente é uma filha adotiva…

No Brasil, na Argentina e, obviamente, na Itália é comum ver FIATS de corrida. No Brasil, alguns FIAT correram nos anos 50, inclusive em forma de carretera, uns poucos FIAT Abarth andaram por aqui nos anos 60 e a partir de 1977 começaram campeonatos monomarca para carros da marca. Na Argentina os carros foram duante muito tempo os reis da categoria turismo, e na Itália, há diversos campeonatos com a participação de Fiats. Sem contar o uso da mecânica FIAT em diversas categorias. Todos com algo em comum – a baixa cilindrada.

Houve época, até meados dos anos 20, em que a FIAT era construtora de carros de Grande Prêmio. E de fato, a marca conhecida por motores pequeninos construiu um monstro de 14.137 cc em 1912, o Fiat S74. Sem contar o Fiat de 1906 e 1907 (16.286 cc), o Fiat S61 de 1908 (10.067 cc) e o Fiat S74 de 1911 (14.137 cc). Que fazer, naquela época para ser alguém nas corridas era necessário fazer motores gigantescos. Tudo isso para obter menos de 200 HP.

O último carro de GP da FIAT, entretanto, não foi um gigantão, mas poderia ter sido um grande carro. O Fiat 806 de 1927 tinha somente 1.484 cc, mas desenvolvia 187 HP. Com esse carro, Pietro Bordino ganhou o GP de Milão em Monza, e depois disso o carro desapareceu. De fato, a FIAT mandou destruir o 806, assim como seus antecessores, o 804 e o 805.

Assim terminava a história da FIAT como fabricante de carros de GP de forma bastante anti-climática.


Carlos de Paula é tradutor, escritor e historiador de automobilismo baseado em Miami 

No comments:

Post a Comment