Saturday, April 13, 2013

Mundial de Marcas 1973, Parte I

Diria que a minha edição predileta do Mundial de Marcas foi a de 1973. A razão principal foi a variedade de vencedores, quatro marcas diferentes, de nacionalides diferentes, algo um tanto raro nos campeonatos mundial de carros esporte.

Foi o ano do aparecimento dos turbo em campeonatos mundiais, através do Porsche Carrera Turbo. Foi a última temporada em que uma equipe oficial da Ferrari participou de um campeonato mundial de carros esporte, tendo em suas fileiras o brasileiro José Carlos Pace. Foi a última vez em que a Targa Florio fez parte do campeonato mundial, ano em que a Alfa 12 cilindros finalmente estreou. Além dos carros esporte de 3 litros (Ferrari, Matra-Simca, Alfa-Romeo, Gulf Mirage, Lola, Porsche), uma série de marcas disputou uma corrida ou outra, nas categorias esporte 2 Litros (ou inferior), GT e Turismo - BMW, Ford, Chevron, Lancia, March, AMS, Chevrolet, Lotus, Pontiac, AMS, Ligier, De Tomaso, Dulon, Scorpion, Opel, Daren, Abarth, Gigi, CR-CDS, Alpine-Renault, Giliberti, Momo-Conreo, Bizzarini, Astra, Sigma, Duckham's, Royale, KMW.

Foi um dos últimos campeonatos mundiais de carros esporte a contar com um forte plantel de pilotos quem também correram na F-1 naquele ano: Francois Cevert, Jacky Ickx, Jose Carlos Pace, Arturo Merzario, Jean Pierre Beltoise, Jean Pierre Jarier, Brian Redman, Mike Hailwood, Howden Ganley, Andrea de Adamich, Clay Regazzoni, Chris Amon, Graham Hill, Henri Pescarolo, George Follmer, Gijs Van Lennep, Niki Lauda, Rolf Stommelen, Jochen Mass, John Watson, Carlos Reutemann, Tim Schenken, Reine Wisell.


Foi o começo do envolvimento japonês nas corridas de longa duração de nível mundial (Sigma-Mazda, com Testu Ikuzawa, Hiroshi Fushida e Patrick dal Bo).

Porém nem tudo foi flores. Foi o começo do fim da estabilidade do calendário de provas clássicas. As 12 Horas de Sebring não foram incluídas no calendário, os 1000 km de Buenos Aires cancelados, e de fato, dois novos eventos foram acrescentados em Vallelunga e Dijon  que não se tornaram eventos clássicos. Apesar de muitos grids cheios, nas provas de Dijon, Vallelunga e Oesterreichring os grids foram minúsculos. De fato, as pistas de Dijon e Vallelunga eram bastante curtas para provas do Mundial de Marcas.

Carlos de Paula é tradutor, escritor e historiador baseado em Miami



No comments:

Post a Comment